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Ando muito sumida daqui, eu sei, mas pretendo voltar a escrever com mais regularidade. Estou devendo um post sobre o uso do Kobo reader na tradução, como ele está facilitando a minha vida e tal, mas hoje vou falar de duas atribuições mínimas para um tradutor.

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Ao longo da minha vida profissional eu fiz muitos copidesques em livros de várias editoras. Isso me fez aprender muito, mas também me fez entender que nem todos os tradutores merecem o céu. Por isso decidi falar de duas coisas que todo tradutor precisa fazer antes de considerar pronto o serviço de tradução e, principalmente, antes de enviar o arquivo ao cliente.

1. Passe o corretor ortográfico automático do processador de textos. Todo programa de textos tem um corretor ortográfico automático. Além disso, existem programas que você pode comprar, como o Flip, que têm corretores ainda melhores que os nativos do Word, por exemplo.

É muito rápido passar o corretor ortográfico, e você evita o mico, por exemplo, de entregar o texto com uma frase assim:

“Somnos muito importantes para a cultura, mas ainda não foimos reconhecidos como deveríamos.”

Feio, né? Imagina seu cliente recebendo isso? É claro que todo mundo erra, mas alguns erros (e micos ou king kongs) podem ser evitados.

2. Releia a sua tradução.

Demora? Demora, sim. Mas, de novo, você evita vários micos ou king kongs, como repetição de palavras, concordância errada (à s vezes a frase é grande e você se perde na concordância; acontece muito comigo), termos absurdos (tipo “sociedade movediça” como tradução de “moving society”) e outras tantas bobagens que a gente digita.

Às vezes é cansaço, às vezes é distração. Não importa. O que importa é você reler todo o texto antes de entregar.

Isso vai fazer com que você se torne um profissional melhor e mais respeitado e elogiado. E não custa nada. Aliás, custa, sim: tempo. Mas lembre-se que o cliente está pagando por esse tempo.